NA TUA SOMBRA
Escrevi-te mil cartas que nunca leste
pedi mil sóis que nunca olhaste
fui a palavra mais límpida
e o rio mais cristalino
e nunca me viste
Fui o teu sonho mais bonito
a pedra onde sentaste
fui a lua adormecida
o mar que navegaste
E ainda assim nunca me viste
Fui a tua mesa e cabeceira
velei por ti noites a fio
fui do verbo o substantivo
prenome mais antigo
que alguém alguma vez viu
E mesmo assim nunca me viste
Passeei-me na tua sombra
anos sem dares de mim conta
e agora que finalmente reparaste que eu existo
sou eu que não quero olhar para ti!
Escrevi-te mil cartas que nunca leste
pedi mil sóis que nunca olhaste
fui a palavra mais límpida
e o rio mais cristalino
e nunca me viste
Fui o teu sonho mais bonito
a pedra onde sentaste
fui a lua adormecida
o mar que navegaste
E ainda assim nunca me viste
Fui a tua mesa e cabeceira
velei por ti noites a fio
fui do verbo o substantivo
prenome mais antigo
que alguém alguma vez viu
E mesmo assim nunca me viste
Passeei-me na tua sombra
anos sem dares de mim conta
e agora que finalmente reparaste que eu existo
sou eu que não quero olhar para ti!
(São Reis)
desencontro de vida, ou vida sem encontro.
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